
Tenossinovite de tornozelo em artrite reumatoide: avaliação clínica e ultrassonográfica
2016; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Volume: 18; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5327/z1984-4840201626471
ISSN1984-4840
AutoresAna Luiza Naves Pereira, Mariana dos Santos Pastori, Nathalia dos Santos Vianna de Matos Leite, Talita Rombaldi Pereira, Tamara Thais Kawamoto, Karine Kefler Ferreira, Gilberto Santos Novaes,
Tópico(s)Musculoskeletal synovial abnormalities and treatments
ResumoObjetivo: Avaliar a tenossinovite de tornozelo em pacientes com artrite reumatoide com relação à presença do acometimento, ao tipo de tendão envolvido e à concordância, ou não, entre os achados clínicos e ultrassonográficos. Métodos: Vinte pacientes com artrite reumatoide e dor ou tumefação em tornozelo foram avaliados. Tendões foram analisados por meio de ultrassonografia radiográfica. A incapacidade foi avaliada pelo questionário de avaliação de saúde (HAQ). A idade, o sexo, a duração da doença e as atividades laborativas foram obtidas. Na análise estatística, utilizou-se o teste exato de Fisher. O nível de significância foi de 0,05. Resultados: Tenossinovite esteve presente em 13 de 20 (65,0%) dos pacientes em 19 articulações, sendo bilateral em 6 (46,1%) e unilateral em 7 (53,8%). Tenossinovite do tendão tibial posterior foi observada em nove (45,0%) pacientes, calcanear (aquileu) em 7 (35%), tibial anterior em 3 (15%) e fibular em 3 (15%). Houve concordância entre o tornozelo sintomático e os achados ultrassonográficos em 92,3% dos pacientes com tenossinovite. O HAQ não mostrou associação com o envolvimento tendíneo (p>0,05). A duração da doença não foi associada com a tenossinovite. Os pacientes eram predominantemente idosos, com média de idade de 50,8 anos, e do sexo feminino. A duração da doença nos pacientes apresentou média de 11,4 anos e, em sua maioria, os sujeitos não realizavam atividades laborativas (65,0%). Conclusões: Os resultados indicam que a tenossinovite do tornozelo é comum em pacientes com artrite reumatoide, seja unilateral ou bilateral, sendo o envolvimento do tendão tibial posterior o mais frequente. Finalmente, na maioria dos pacientes, verificou-se concordância entre os achados clínicos e ultrassonográficos.
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