Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Autonomia e indivíduos sem a capacidade para consentir: o caso dos menores de idade

2016; Conselho Federal de Medicina; Volume: 24; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/1983-80422016243144

ISSN

1983-8042

Autores

Raylla Albuquerque, Volnei Garrafa,

Tópico(s)

Ethics in medical practice

Resumo

Resumo A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (2005) contemplou a autonomia com três artigos entre seus 15 princípios: autonomia e responsabilidade individual (artigo 5º); consentimento (artigo 6º); indivíduos sem a capacidade para consentir (artigo 7º). Diante da complexidade do tema, este trabalho analisa o artigo 7º da Declaração, com foco especificamente na questão das crianças. Por causa da ausência de competência para que crianças consintam de maneira livre e autônoma, essa autorização é repassada aos responsáveis legais, geralmente pais ou familiares. A inexistência de dispositivos legais que legitimem a decisão dos menores abre espaço para atuação paternalista de profissionais e dos responsáveis legais, que agem visando ao beneficio da criança, a partir de perspectivas próprias. A bioética é responsável por estimular a discussão sobre as possíveis formas e mecanismos de proteção real dos menores de idade, considerados legalmente incapazes de fornecer o próprio consentimento.

Referência(s)