Artigo Revisado por pares

O funk no Brasil contemporâneo: Uma música que incomoda

2016; Cambridge University Press; Volume: 51; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1353/lar.2016.0050

ISSN

1542-4278

Autores

Felipe Trotta,

Tópico(s)

Asian Culture and Media Studies

Resumo

As reflexões sobre música popular com frequência enfatizam os casos de experiência musical voluntários, motivados por adesões identitárias, afetivas e simbólicas que os indivíduos e grupos sociais realizam com as músicas que gostam. Mas nem sempre é assim. Este texto tem como objetivo discutir as situações nas quais a experiência musical compulsória gera incômodo nos ouvintes, irritando e intimidando aqueles que não compartilham do prazer de ouvir determinado repertório. O exemplo debatido aqui é o caso do funk, gênero musical brasileiro com histórica vinculação com o contexto das periferias, morros e favelas e que volta a surgir como tema privilegiado na mídia a partir de seu uso nos fenômenos dos rolezinhos, causando incômodo e rechaço. Pensar sobre o incômodo do popular-funkeiro-periférico significa reprocessar ideias sobre a desigualdade social, num contexto de grandes transformações sociais, políticas e comportamentais no Brasil e no mundo.

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