DESIGNERS MULHERES: POR QUE TÃO AUSENTES NA HISTÓRIA?
2016; Linguagem: Português
10.5151/despro-ped2016-0520
ISSN2318-6968
AutoresRafael Leite Efrem de Lima, Bárbara Couto Falqueto, Simony César Ramos de Moura, Daniel Theodósio Amaral, Renata Amorim Cadena,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoNeste trabalho, iremos abordar a ausência feminina na historiografia do Design Gráfico. A perspectiva pós-moderna abre espaço para discursos alternativos e periféricos, como a produção artística das minorias culturais, das mulheres e de outras raças que não a branca, o que nos dá subsídios para questionar por que, afinal, há tão poucas mulheres nas publicações sobre a história do Design Gráfico. Para abordar essa pergunta iremos, inicialmente, trazer uma breve discussão sobre historiografia em Design Gráfico e os limites de representação de grupos à margem do discurso hegemônico. Em seguida, iremos apresentar os resultados de um mapeamento das publicações sobre a participação feminina no Design e na História do Design nos principais eventos e revistas acadêmicos brasileiros desde 2010 – dentre eles, as revistas Estudos em Design e InfoDesign, os anais do CIDI e do PED. Os resultados dessa investigação, de uma maneira geral, mostram que a ausência da profissional designer ainda não vêm sido investigada academicamente no país, revelando um descompasso com pesquisas internacionais sobre o tema relatadas pela pesquisadora mexicana Isabel Campi (2010; 2013), sobretudo a partir da década de 1980. A única exceção encontrada até então é o trabalho das professoras e pesquisadoras Giselle Safar e Marcelina Almeida, da UEMG, que se propuseram a investigar questões de gênero na trajetória de estudantes do curso de Design de Produto dessa instituição. Essa pesquisa rendeu um capítulo publicado nos Cadernos de Estudos Avançados em Design: Design e História, no qual as autoras discutem a historiografia do design e o protagonismo feminino em âmbito internacional.
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