Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Mamãe eu quero: Carmen Miranda’s Maternal Abundance

2016; Brazilian Society of Cinema and Audiovisual Studies; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português

10.22475/rebeca.v1n2.283

ISSN

2316-9230

Autores

Sean Griffin,

Tópico(s)

South Asian Cinema and Culture

Resumo

Na resenha do segundo filme estrelado por Carmen Miranda em Hollywood, Uma noite no Rio (That Night in Rio, 1941), a revista Variety assinalou de que maneira sua presença como coadjuvante claramente roubava a cena dos supostos protagonistas: “[Don] Ameche está correto em seu duplo papel, e Miss [Alice] Faye está muito atraente, mas é a tempestuosa Miranda que dispara na frente, desde a primeira sequência”. Esse tipo de comentário parece indicar certa surpresa com o fato de que Carmen, estando em terceiro lugar nos créditos, aparecesse de forma tão central já no início do filme. Efetivamente, todos os três primeiros filmes que Carmen fez para a 20th Century Fox em Hollywood abrem com um número musical seu, antes que qualquer fala fosse pronunciada. Este formato em comum apresenta Carmen para o público sem um nome de personagem, sem um foco narrativo ou (como discutirei adiante) forte marcação de espaço e tempo. De outro modo, essas aberturas enfatizam Carmen como força central e dominante - seu corpo com elaborados acessórios e movimentos, seu desempenho vocal único e, de muitas maneiras, seu mundo.

Referência(s)