Portal de Periódicos da CAPES

Reconstruction with iliac pedestal cup and proximal femur tumor prosthesis after wide resection of chondrosarcoma – 10-year follow-up results

2016; Brazilian Society of Orthopedics and Traumatology; Volume: 52; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1016/j.rboe.2016.11.007

2255-4971

Diogo Lino Moura, Rúben Fonseca, João Freitas, António Figueiredo, José Casanova,

Musculoskeletal synovial abnormalities and treatments

Chondrosarcoma is a malignant cartilage-forming neoplasm. It is difficult to treat because of resistance to both chemotherapy and radiation, making wide local excision the only treatment. This report presents an active, 43 year-old man who was diagnosed with recurrent clear cell chondrosarcoma of the proximal left femur, previously reconstructed with a total hip prosthesis, extending to the weight-bearing dome of the acetabulum. Cancer staging study revealed no signs of tumor dissemination at distance. Given the excellent functional status of the patient, the authors performed a Enneking–Dunham type periacetabular pelvic resection and resected en bloc, with the total hip prosthesis including 22 cm of the femur and a portion of the hip abductor apparatus. Acetabular reconstruction was performed with a non-cemented pedestal cup prosthesis fixed at the iliac, and in-femur reconstruction utilized a cemented silver-coated proximal femur modular prosthesis. Today, after a 10-year follow-up, the patient is walking without crutches, he practices recreational cycling without assistance, and he is asymptomatic and free of tumoral disease. At present, no signs of relevant loosening, instability, infection, heterotopic ossification, or any other complications have been observed. Pelvic reconstructions are challenging and risky surgeries; however, the appearance of more functional implants, like the pedestal cup prosthesis, and its correct application and indication, may allow promising clinical and functional results with low complications rate. O condrossarcoma é uma neoplasia maligna formadora de cartilagem. O tratamento é difícil, devido à resistência tanto à quimioterapia como à radiação; a excisão local ampla é o único tratamento. O presente estudo relata o caso de um homem ativo de 43 anos diagnosticado com condrossarcoma de células claras do fêmur esquerdo proximal recorrente, previamente reconstruído com prótese total de quadril, estendendo-se à abóbada do acetábulo, que sustenta peso. O estudo de estadiamento de câncer não revelou sinais de disseminação tumoral à distância. Considerando o excelente estado funcional do paciente, os autores realizaram uma ressecção pélvica periacetabular do tipo Enneking-Dunham com ressecção em bloco, com a prótese total do quadril, incluindo 22 cm do fêmur e uma porção do aparelho abdutor do quadril. A reconstrução acetabular foi realizada com uma prótese de pedestal não cimentada fixada no ilíaco e a reconstrução no fêmur utilizou uma prótese modular cimentada para o fêmur proximal com revestimento em prata. Hoje, após um seguimento de dez anos, o paciente anda sem muletas, pratica ciclismo recreativo sem assistência e está assintomático e livre de doença tumoral. Não foram observados sinais de afrouxamento relevante, instabilidade, infecção, ossificação heterotópica ou quaisquer outras complicações. As reconstruções pélvicas são cirurgias difíceis e arriscadas; entretanto, o surgimento de implantes mais funcionais, como a prótese de pedestal, e sua correta aplicação e indicação podem permitir resultados clínicos e funcionais promissores, com baixa taxa de complicações.