Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Conservação ex situ e on farm de recursos genéticos: desafios para promover sinergias e complementaridades

2016; MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI; Volume: 11; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/1981.81222016000300008

ISSN

2178-2547

Autores

Laura Rodrigues Santonieri, Patricia Bustamante,

Tópico(s)

Genetically Modified Organisms Research

Resumo

Resumo Historicamente, o Brasil priorizou o modelo da conservação ex situ, realizada em câmaras frias, em meio de cultura in vitro e em coleções vivas no campo. Esse tipo de conservação capta o momento evolutivo em que a coleta foi realizada, mas as plantas assim conservadas não continuam a evoluir. Tal característica revela parte das limitações desse tipo de conservação para oferecer respostas mais rápidas em um momento de crise relacionado a mudanças ambientais, por exemplo. Atualmente, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) reconhece que a diversidade genética deve ser mantida não só nos bancos de germoplasma, como também nos sistemas agrícolas locais, onde a participação dos agricultores é fundamental. O Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura (TIRFAA), instrumento vinculante assinado pelo Brasil em 2001, torna obrigatória essa linha de ação e de pesquisa para o país. Mas com implementá-la? Neste artigo, apresentaremos uma reflexão sobre as complementaridades entre os modelos de conservação ex situ e on farm, tomando a proposta de gestão compartilhada das coleções ex situ como exemplo do incipiente processo de construção, no campo científico e institucional, de caminhos que possibilitem novas maneiras de interação entre os agricultores tradicionais e as instituições de pesquisa agrícola, com o objetivo de conservar não apenas o germoplasma, mas também processos que geram a agrobiodiversidade.

Referência(s)