Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Felicidade! Passei no vestibular, mas a faculdade é particular: Paradoxos da educação superior brasileira

2017; Arizona State University; Volume: 25; Linguagem: Português

10.14507/epaa.25.2902

ISSN

1068-2341

Autores

Annor da Silva, Priscilla de Oliveira Martins da Silva, Kátia Cyrlene De Araújo Vasconcelos, Vitor Corrêa da Silva, Mariana Ramos de Melo,

Tópico(s)

Social and Political Issues

Resumo

Inspirado no samba clássico de Martinho da Vila, discutimos neste ensaio teórico os paradoxos da educação superior brasileira. Para isso, traçamos a evolução da educação superior desde o período colonial até a atualidade. Com base nesta evolução identificamos os seguintes paradoxos: a fronteira entre o público e o privado; o papel e as características das Instituições de Educação Superior (IES), em termos do regime tributário, da transparência na divulgação de informações e na prestação de contas à sociedade; e, por fim, o papel da educação superior e sua influência nos processos de inclusão e/ou de exclusão social para dois dos principais atores sociais envolvidos: os discentes e os docentes. O ponto central dos paradoxos parece estar na concepção de educação como um bem público e direito social e na prática vivenciada da educação como uma mercadoria. A análise desses paradoxos remete ao entendimento de que a educação não cumpre efetivamente o seu papel na inclusão social de discentes e docentes, pelo contrário, atua como mecanismo de exclusão social. Com isso, é relevante repensar a educação superior como forma de resolver esses paradoxos e viabilizar a formação de “pequenos burgueses” em vez de “pobres coitados”.

Referência(s)