Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A trajetória fílmica do cangaceiro urbano: de Lima Barreto a Eduardo Coutinho

2016; Brazilian Society of Cinema and Audiovisual Studies; Volume: 4; Issue: 2 Linguagem: Português

10.22475/rebeca.v4n2.196

ISSN

2316-9230

Autores

Gilvan Melo Santos,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

O artigo apresenta a trajetória do cangaceiro urbano, categoria criada pelo autor para designar uma representação dos retirantes nordestinos, cuja performance se caracterizou pela tentativa de abandono do cangaço, pela sua luta contra os cangaceiros sanguinários e pela saída do sertão arcaico em busca de amor e riqueza nas grandes metrópoles. Tendo como origem a guerra de imagens postas no Brasil a partir da década de 1930, entre o nacionalismo desenvolvimentista e o regionalismo nordestino ou entre a efetivação de uma identidade nacional em detrimento de uma identidade local, o cangaceiro urbano deságua da “bacia semântica” do nomadismo em direção aos folhetos de cordel em meados de 1930 e em direção aos filmes do cangaço nas décadas de 1950 e 1960. O trajeto do cangaceiro urbano inicia-se com o filme O cangaceiro (1953), de Lima Barreto e culmina com o filme Faustão, o cangaceiro do rei (1970), de Eduardo Coutinho.

Referência(s)