O papel dos recursos humanos na modernização administrativa do poder local

2014; Issue: 3 Linguagem: Português

10.26537/iirh.v0i3.1853

ISSN

2183-2455

Autores

Carlos Sangreman, Deolinda Maria dos Santos Martins,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

Esta comunicação pretende contribuir para uma melhor perceção do papel dos recursos humanos na resposta eficaz e eficiente à modernização administrativa em curso nas autarquias com o exemplo da Câmara de Paços de Ferreira. Uma administração pública que se rege por princípios de modernidade não pode compadecer de agentes neutros e meros executantes de políticas públicas, é premente ter agentes com formação, de liderança, com capacidade de mudança e de trabalho em rede. Para Machado (2002) e Moutinho (2002), a modernização administrativa só é exequível com a aplicação das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação). Assim sendo, a modernização do poder local está aliada à ideia de “e-local government” pois permite novas formas de relação, de prestação de serviços e troca de informação entre os diferentes organismos, (OCDE, 2008), novas formas de fazer o que o governo faz e de suportar o funcionamento do estado e dos serviços associados, adotando práticas de base digital que permitem ganhos substanciais em termos de eficiência, acesso à informação, tempos de resposta e proximidade ao cidadão”, (Gouveia & Gouveia, 2003:189), tornando as autarquias mais abertas, com melhor interação com o município e maior accountability, (Fonseca & Carapeto, 2009:258). Como as “as tecnologias funcionam com as pessoas e para as pessoas…exigem a aquisição de novos saberes e novos comportamentos” (Carapeto & Fonseca, 2006:313). Por isso apostar na formação dos recursos humanos deve ser uma ação estratégica, pois permite maior desempenho dos indivíduos, mudanças de atitudes, fomenta o ciclo de aprendizagem e acarreta vantagens competitivas (Gomes et al, 2008:388 e 389) à administração local. Os recursos humanos desempenham papéis fundamentais na modernização administrativa do poder local pois a resistência destes face às medidas de modernização, para Carapeto & Fonseca (2006:347), justificam um baixo grau de cumprimento das mesmas.

Referência(s)