Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Revendo a Conjuntura 1933-1935 em Porto Alegre através da vida de Policarpo Hibernon Machado

2016; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.15448/2178-3748.2016.2.21330

ISSN

2178-3748

Autores

Guilherme Machado Nunes,

Tópico(s)

Brazilian History and Foreign Policy

Resumo

A partir da vida desse barbeiro e jornalista gaúcho, esse artigo pretende discutir alguns limites e possibilidades de militância política e sindical de um membro do PCB no Rio Grande do Sul, especialmente durante o processo de refundação da Federação Operária do Rio Grande do Sul e durante sua nova fase (1933-1935). No Rio Grande do Sul, o imediato pós-30 foi um período de certo arrefecimento das lutas operárias. Foi apenas no final de 1933 que a capital gaúcha presenciou uma grande greve – de padeiros, exigindo o cumprimento de um Decreto do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que regulamentava seu ofício. Policarpo Hibernon Machado era Secretário-Geral da FORGS, que, até então, pregava um discurso de conciliação e de colaboração com o Estado. A partir desse caso, podemos perceber que, ao mesmo tempo que a Federação radicalizava suas ações e seus discursos, o Estado respondia com um aumento das atividades repressivas, apesar de garantir que a questão social não era mais caso de polícia. Dessa forma, se tentará compreender como um trabalhador comunista conseguiu fazer a transição de uma entidade “colaborativa” para uma entidade “radical” e como os comunistas se apropriaram da legislação trabalhista de Vargas para tentar influenciar o movimento sindical.

Referência(s)