
Diálogos luso-brasileiros no Acervo José Moças da Universidade de Aveiro: um estudo exploratório das gravações mecânicas (1902-1927)
2016; Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música; Volume: 22; Issue: 2 Linguagem: Português
10.20504/opus2016b2204
ISSN1517-7017
Autores Tópico(s)History, Culture, and Society
ResumoEste artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa de pós-doutorado com foco em diálogos musicais entre Brasil e Portugal no Acervo José Moças da Universidade de Aveiro. Composto por cerca de 6 mil discos em formato 78 rpm, este acervo é considerado um dos mais importantes de Portugal e encontra-se atualmente em fase de catalogação e digitalização na referida universidade. O artigo apresenta um estudo exploratório das gravações mecânicas que refletem fluxos e trocas sonoras entre os dois países, com foco em “gêneros nacionais” – tais como o fado e o maxixe – gravados em Lisboa e no Rio de Janeiro por intérpretes que integravam um sistema de entretenimento comum (formado por teatro de revista, indústria fonográfica e partituras) aos dois países. Tendo por base os conceitos de “Atlântico Negro” tal como proposto por Gilroy (2001) e de “ecologia de saberes musicais do Atlântico Sul” proposto por Sardo (2013), pretendo trazer contributos ao entendimento destes intérpretes e destes fonogramas para a construção de um imaginário sonoro comum entre Brasil e Portugal.
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