
Comportamento morfodinâmico e sedimentar das praias do litoral de Paulista
2016; Volume: 26; Issue: 2 Linguagem: Português
10.18190/1980-8208/estudosgeologicos.v26n2p3-21
ISSN1980-8208
AutoresMaria Cristina da Silva Sales de Melo, Roberto Lima Barcellos, Valdir de Amaral Vaz Manso, Luciana Dantas dos Santos, Carlos Fernando de Andrade Soares,
Tópico(s)Coastal and Marine Management
ResumoA costa pernambucana especialmente nas praias do município de Paulista, entre os paralelos 70 50’24 70 51’45”S e os meridianos 340 48’30” e 340 49’50”W localizado na região Metropolitana do Recife (RMR: 3.700.000 hab.), tem mostrado um rápido crescimento da população devido à utilização intensiva da planície costeira para habitação e do desenvolvimento do turismo na região, cujas consequências são sentidas por mudanças no comportamento dos agentes naturais que controlam o equilíbrio da zona costeira, particularmente no prisma praial. Este estudo teve como objetivo investigar os processos morfodinâmicos das praias da cidade de Paulista, a fim de verificar as variações do perfil praial dos anos de 1999, 2013 e 2014, e identificar os processos dinâmicos relacionados com a erosão e deposição na área de estudo. As caracterizações morfodinâmicas foram realizadas por meio de seis perfis, feitos em março/1999, outubro/2013 e julho/2014, em maré baixa, durante as condições de maré de sizígia. Foram também determinados granulação de sedimentos e teor de CaCO3. A sedimentologia das 45 amostras dos perfis indica a prevalência de areia média (50%), seguido por areia fina (35%) e areia grossa (15%). Esta coleção de amostras são dominantemente siliciclásticos (CaCO3 <30%). Os resultados indicaram um enorme comportamento erosivo em 2013 e 2014, quando comparado com os volumes medidos do ano de 1999. Apenas um único perfil (no 3) apresentou um processo de progradação da linha de costa, devido ao engordamento realizado após 1999 com um volume que passou de 84,24 para 178,54 em 2013. No geral, toda a área é submetida a fortes processos erosivos induzidos por alterações nas bacias de drenagem adjacentes, pós-praia e campo de dunas, fixado pela urbanização, e principalmente devido a alterações de engenharia costeira no litoral como a construção de muros de contenção e quebra-mares.
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