
Contribuição pioneira do Instituto Evandro Chagas para a saúde ambiental na Amazônia em 25 anos da Seção de Meio Ambiente
2016; Volume: 7; Issue: esp Linguagem: Português
10.5123/s2176-62232016000500009
ISSN2176-6223
AutoresIracina Maura de Jesus, Edílson da Silva Brabo, Marcelo de Oliveira Lima, Kleber Raimundo Freitas Faial, Lena Lillian Canto de Sá Moraes, Rosivaldo de Alcântara Mendes, Bruno Santana Carneiro, Vanessa Bandeira da Costa, Volney de Magalhães Câmara, Elisabeth Conceição de Oliveira Santos,
Tópico(s)Healthcare and Environmental Waste Management
ResumoA emergência dos problemas ambientais e suas repercussões na saúde pública, especialmente em populações da Amazônia brasileira, levaram à criação da Seção de Meio Ambiente (SAMAM) do Instituto Evandro Chagas, representando uma inovação institucional, contextualizada no debate mundial e nacional sobre os impactos ambientais de origem antrópica, no início da década de 1990. O programa de pesquisa inicial da SAMAM, dedicado ao estudo de populações expostas ao mercúrio na Amazônia, reuniu grande conteúdo de informações sobre características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais de diversos grupos populacionais pesquisados, incluindo ribeirinhos, populações urbana, rural e indígena. Evidenciou-se a necessidade de intensificação da vigilância em saúde dessas populações, devido à persistência e magnitude da exposição observada em alguns locais, associada a condições de vida e morbidade, que podem favorecer o risco de efeitos adversos. Além do programa de mercúrio, a SAMAM também tem desenvolvido estudos sobre outros contaminantes e sobre a qualidade das águas de consumo humano, superficial e subterrânea, para avaliação de indicadores preconizados pela legislação (bactérias, parâmetros físico-químicos, metais e agrotóxicos, dentre outros) e outros possíveis biomarcadores de interesse para a saúde ambiental, como plâncton e vírus. A atuação da SAMAM no Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental é reconhecida em áreas como qualidade da água, metais e agrotóxicos, estando em expansão em outras áreas como cianobactérias e virologia ambiental. A SAMAM também tem contribuído para a capacitação de pessoas do Brasil e do exterior em metodologias analíticas e saúde ambiental.
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