Artigo Acesso aberto Produção Nacional

COMO O FANTASMA DE SOLANO ROJAS: O IDIOMA GUARANI, SEUS SILENCIAMENTOS E POLITICAS LINGUISTICAS

2017; Issue: 52 Linguagem: Português

10.22456/2236-6385.67033

ISSN

2236-6385

Autores

Maria Liz Benítez Almeida, Ada Cristina Machado Silveira, Andréa Weber,

Tópico(s)

Indigenous Studies in Latin America

Resumo

O texto estuda as dinâmicas do contexto cultural da região da tríplice fronteira Puerto Iguazú - Foz do Iguaçu - Ciudad del Este, situada nos limites internacionais entre Argentina, Brasil e Paraguai. A análise articula a observação do idioma Guarani, oficial no Paraguai, na atividade jornalística sobre as atividades comerciais. A abordagem teórica observa a perspectiva da liminaridade proposta por Mignolo e sua crítica ao colonialismo. Parte-se de uma análise literário-cultural que visa comparar a situação expressada no conto El trueno entre las hojas do escritor paraguaio Augusto Roa Bastos. A partir da análise de três notícias veiculadas no site do jornal Vanguardia, de Ciudad del Este, Paraguai, avalia-se como as notícias denunciam a proibição imposta ao uso do idioma Guarani aplicada aos trabalhadores paraguaios nos comércios voltados a atender clientes da tríplice fronteira. Buscando reconhecer na realidade representada no jornal aqueles elementos próximos à prosa ficcional, percebe-se a persistência de comportamentos pouco favorecedores do idioma Guarani. A análise oportuniza avançar em considerações que, partindo da acusada normalidade do monolinguismo, pretende avançar sobre o conhecimento das dificuldades apontadas a uma Política de Línguas de promoção da inclusão do Guarani nos espaços públicos do Paraguai.

Referência(s)