
O MTST E O PMCMV: O “PODER POPULAR” PRÓPRIO AO LULISMO
2016; INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE; Volume: 1; Linguagem: Português
10.15628/dialektike.2016.5551
ISSN2359-1323
Autores Tópico(s)Social and Economic Solidarity
ResumoA produção do espaço realizada por movimentos populares por meio do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) – Entidades é uma entrada privilegiada de reflexão acerca do lulismo, pois dá conta de certa totalidade do processo social na qual estão imbricadas determinações econômicas, políticas, sociais e culturais. Nestes termos, apresentamos um estudo de caso específico, a partir do qual são retirados elementos para tal reflexão: os conjuntos João Cândido e Chico Mendes, localizados em Taboão da Serra-SP, realizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Tanto o processo de projeto quanto a forma urbana cristalizada são expressões de determinada ressonância entre o sistema de gerenciamento político lulista – que dá forma à função dependente do Brasil no mercado mundial – e uma organização popular que cresce se apoiando no sujeito político consumidor forjado nesta conjuntura. São elementos que colocam questionamentos acerca da potencialidade transformadora deste tipo de arranjo político e social, no qual a aliança dos trabalhadores se dá com o capital em nome da criação de certo “poder popular” distante da formação do sujeito político autônomo, produtor de um novo programa para as cidades.
Referência(s)