
QUATRO OLHOS SOBRE AMERICANAH: A PARTIR DE ONDE O TEXTO DE ADICHIE FALA E PARA QUEM?
2016; Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística; Volume: 1; Issue: 41 Linguagem: Português
10.18309/anp.v1i41.920
ISSN1982-7830
AutoresLiane Schneider, Eliza de Souza Silva Araújo,
Tópico(s)Translation Studies and Practices
ResumoO presente artigo discute as práticas tradutórias através da análise do romance Americanah, de Chimamanda N. Adichie, levando em conta sua tradução do inglês para o português. A narrativa em tela aponta estranhamentos por parte da protagonista no que diz respeito a, principalmente, compreensões sobre raça e gênero nos dois países implicados, ou seja, Nigéria e Estados Unidos, e como os mesmos aparecem transpostos nas duas línguas em questão. Assim, ao longo do trabalho, foram destacados exemplos e opções tradutórias na versão em português da narrativa que ilustram como tais escolhas inegavelmente explicitam marcas das diferenças culturais envolvidas no que se refere a visões de mundo, ideologias, padrões de construção de identidade nas culturas de partida e de chegada. Com base em discussões desenvolvidas por teóricos/as da tradução, da cultura e da adaptação, entre os quais destacamos Venuti, Chamberlain e Hutcheon, apresentamos nossas considerações sobre como questões raciais e de gênero se mostram carregadas de elementos que ultrapassam aspectos linguísticos, sugerindo que paradigmas e ideologias podem ser mais determinantes para as escolhas do/a tradutor/a do que o arsenal de termos (quase) equivalentes em duas línguas colocadas em diálogo através da tradução efetuada. This work is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 License.
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