Artigo Acesso aberto Revisado por pares

NATIVOS MAS NÃO CATIVOS: SOCIALIZAÇÃO COMUNISTA DESDE O BERÇO E PRODUÇÃO DE PAPEIS MILITANTES

2016; Centro de Estudos Educação e Sociedade; Volume: 37; Issue: 137 Linguagem: Português

10.1590/es0101-73302016165996

ISSN

1678-4626

Autores

Catherine Leclercq,

Tópico(s)

Education, sociology, and vocational training

Resumo

RESUMO: Poderíamos pensar que a socialização política, quando inscrita desde a primeira infância em um espaço sociolocal onde a instituição comunista é onipresente, não poderia produzir outra coisa senão habitus militantes “em conformidade” e incondicionalmente leais aos princípios comunistas. No entanto, as entrevistas biográficas recolhidas em um antigo bastião operário do Partido Comunista Francês mostram que esse tipo de socialização, longe de se resumir a uma duplicação de modelos parentais e a uma interiorização infalível das normas partidárias, permite processos de apropriação oblíqua e de inovação. A reprodução do engajamento tende à produção evolutiva de papéis militantes de uma geração a outra.

Referência(s)