Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Oestrose: uma parasitose emergente em pequenos ruminantes no Nordeste do Brasil

2016; Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA); Volume: 36; Issue: 10 Linguagem: Português

10.1590/s0100-736x2016001000001

ISSN

1678-5150

Autores

Ticianna Conceição de Vasconcelos, Juliana T.S.A. Macêdo, Ademilton Silva, Marta M.N. Silva, Thereza Cristina Calmon de Bittencourt, Maria V.B. Santos, Joselito Nunes Costa, Pedro Miguel Ocampos Pedroso,

Tópico(s)

Insect Utilization and Effects

Resumo

Resumo: No período de janeiro de 2011 a dezembro de 2014 foram diagnosticados 9 surtos (A, B, C, D, E, F, G, H e I) de Oestrus ovis em pequenos ruminantes no estado da Bahia. No surto A obteve-se 0,5% (1/200); B 2,2% (2/90); C 0,8% (1/120); D 2% (2/100); E 1% (1/100); F 3% (1/33); G 0,6% (1/150); H 2,5% (5/200); I com 11,4% (8/70) em ovinos e 5% (2/40) em caprinos. Os sinais clínicos associados ao parasitismo pelas larvas nos surtos foram respiração ruidosa, espirro seguido de secreção nasal catarral, inquietação, movimentação excessiva da cabeça e andar em círculo. Macroscopicamente havia nos seios e conchas nasais hiperemia, edema da mucosa e presença de larvas. Todas as larvas coletadas dos cornetos e conchas nasais variavam desde o primeiro ao terceiro estágio de desenvolvimento. Algumas larvas L3 coletadas nas necropsias foram incubadas e o imago obtido das pupas mediram aproximadamente 10mm de cor acinzentada e abdômen escurecido. Realizada análise descritiva das condições climáticas, ano e positividade de casos de oestrose, demonstrou que a ocorrência tem tendência de crescimento com os anos (p˂0,001) e que houve casos com menor média de temperatura mínima (p˂0,001), possibilitando o desenvolvimento da mosca de O. ovis, demonstrando que houve a introdução da mosca enTtre o rebanho de ovinos e caprinos do estado da Bahia, e que as condições climáticas são ideais para perpetuação da espécie.

Referência(s)