Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Os paratextos editoriais em “Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas”, o romance inacabado de José Saramago

2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 21; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5007/2175-7917.2016v21n2p178

ISSN

2175-7917

Autores

Bianca Rosina Mattia,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

http://dx.doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n2p178Em 2014, quatro anos após a morte de José Saramago, chegava às livrarias seu último romance, que restou inacabado e foi encontrado em seu computador. Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas tem apenas três capítulos. Porém, a edição do livro apresenta ainda o diário de Saramago, com anotações referentes ao romance, ilustrações de Günter Grass e textos de outros autores. O romance centra-se na temática da violência, da guerra e da fabricação e comércio de armas. Neste artigo, contudo, objetivamos uma análise dos paratextos editoriais da edição de Alabardas. A proposta, nesse sentido, pauta-se, a partir da definição de paratexto apresentada por Gérard Genette (2009), na investigação de uma possibilidade de leitura de Alabardas não [só] como romance, mas como manifesto. Tal possibilidade alicerça-se no caráter polissêmico dos paratextos editoriais, que proporcionam novas perspectivas de leitura e interferem na produção de sentidos quando da leitura do texto, bem como na concepção de editor enquanto adaptador, considerando um dos conceitos de adaptação abordados por Linda Hutcheon (2013).

Referência(s)