Breves considerações sobre a recepção de António Oliveira Salazar no panorama intelectual da Nova Ordem dos anos 30

2016; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

ISSN

2178-3748

Autores

José Santos,

Tópico(s)

Historical Education and Society

Resumo

Em Le Siecle du Corporatisme , Mihail Manoilescu encapsulava o percepcionado triunfo do corporativismo integral sobre a democracia liberal e o comunismo em meados dos anos 30. Na sua mente, o corporativismo integral teria sido um passo inevitavel na evolucao filosofica de Homem (e das suas instituicoes politicas), alcancando maturidade politica no inicio dos anos 30, marcando uma nova e hegemonica era na cena politica e ideologica Europeia. Publicando Le Siecle du Corporatisme em 1934, o intelectual romeno estava plenamente consciente de que o Espirito do seu tempo favorecia a verificacao de seus postulados, especialmente no rescaldo da crise de 1929 e o consequente colapso e incapacidade reactiva do sistema liberal-capitalista. Antonio Oliveira Salazar emergiu deste caldo cultural, simbolizando o que Manoilescu e outros descreveram como a capacidade das Nacoes entenderam a necessidade de depositar nas maos de certos selecionados individuos a iniciativa de transformacao social. No final dos anos 30 a sua pratica politica e intervencoes doutrinarias (publicadas regularmente na imprensa internacional), transformaram o portugues num dos principais interpretes do corporativismo, especialmente apos a publicacao na Franca de Salazar. Le Portugal et son Chef (1934), Une Revolutions dans la Paix (1937) e Comment un releve un Etat (1937). Partindo deste conjunto de publicacoes, este trabalho pretende interpretar a recepcao do Ditador portugues no panorama europeu dos anos 30.

Referência(s)