Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O ressentimento como inibição da ação, reação e ação na filosofia de Nietzsche

2016; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português

10.26512/rfmc.v4i1.12531

ISSN

2317-9570

Autores

Antônio Edmilson Paschoal,

Tópico(s)

Philosophy, Ethics, and Existentialism

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar as noções de ação, reação e inibição da ação na filosofia de Nietzsche tendo em vista a correlação delas com o conceito de ressentimento. Essa análise será feita tomando como texto básico a Genealogia da moral e considerando algumas leituras do filósofo vinculadas ao tema. A primeira delas é Dühring, em cujos escritos encontra-se a ideia de ressentimento como um “sentimento reativo” que, mecanicamente, daria origem a uma reação, à ação de vingança que ele chama de justiça. A segunda é Dostoiévski, cuja abordagem do tema amplia essa compreensão do ressentimento, incluindo nela a ideia de uma inibição da ação, de uma reação não efetivada em atos e que, por isso mesmo, volta-se para o interior do homem obstruindo sua vida presente. Conforme veremos, é esse fator psicológico que permitirá a Nietzsche usar o conceito sem prender-se à ideia elementar de uma simples reação mecânica.

Referência(s)