
olho do redemoinho, tudo muda ao nosso redor
2016; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Linguagem: Português
10.11606/ran.v0i10.124136
ISSN2179-5487
AutoresElisangela da Silva Machieski, Scheyla Tizatto dos Santos,
Tópico(s)Arts and Performance Studies
ResumoUm redemoinho de imagens, sons e movimentos compõe a década de 1980. Iniciava-se o processo de redemocratização, um novo Código de Menores, também, marcou o período. Nascia, em 1985, o Movimento Nacional de Menino e Meninas de Rua e a nova Constituição em 1988. Neste contexto está centrado o recorte temporal deste trabalho, a década de 1980. Período em que o Brasil vivenciou experiências que mudaram profundamente a ordem política, econômica e social, que servem como moldura para pensar os desdobramentos musicais da década. O cotidiano dos anos 80 fora registrado na produção musical, o que nos leva a estabelecer um debate sobre a utilização da temática “infância” nas músicas, consumidas pelos jovens no Brasil, essencialmente as do gênero rock, pela característica poética que assume. Assim, essa proposta parte da ideia de que as composições que sublinharam o rock nacional brasileiro, durante o período de reabertura política, fizeram uso de imagens da infância, geralmente associada à pobreza, de forma alegórica para evocar um passado recente. Para compor nossa hipótese trabalhamos com as canções “Milagres” (1985), “Barão Vermelho”, “Teerã” (1986), “Paralamas do Sucesso” e “A canção do senhor da guerra” (1983), “Legião Urbana”. A partir de uma análise dos parâmetros internos da linguagem e dos parâmetros externos das canções, que se aproximam pelos aspectos melódicos e por seu contexto histórico, buscamos abarcar esta dimensão analítica das produções, alinhando uma perspectiva teórica e metodológica da História do Tempo Presente em diálogo com a Música e a História da Infância.
Referência(s)