
"As semanas de anos para expiação do Templo Judaico” e o “chifre que proferia blasfêmias”:
2012; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Issue: 20 Linguagem: Português
10.26512/emtempos.v0i20.19865
ISSN2316-1191
Autores Tópico(s)Biblical Studies and Interpretation
ResumoO presente artigo trata da apropriação cristã feita pelo complexo mítico das quatro idades do mundo. O livro de Daniel (Dn) propõe a divisão da história em quatro grandes reinos, o babilônico, medo, persa e o grego, entretanto os cristãos apropriam deste mito e inserem Roma como última das monarquias mundiais, a fim de mostrar a perversidade e atrocidade deste império que seria a representação do caos e da destruição. Alguns autores cristãos contemporâneos ao império romano como Jerônimo defendem Roma como última das monarquias mundiais a fim de mostrar a proximidade da parousia e justificar que a perseguição sofrida pelos cristãos nos primeiros séculos de sua existência seriam a evidência do governo romano como a personificação da malignidade e perversidade humana. Sendo assim, retrato neste artigo como os cristão se apropriaram do livro de Dn, principalmente de Dn 2 e 7 escrito num outro contexto sociocultural para lançar a expectativa de um retorno messiânico triunfal e inserir Roma como a monarquia mais terrível e temível de todas, a representação do Anticristo.
Referência(s)