“O silêncio dos inocentes”. Os paradoxos do assistencialismo e os mártires do Mediterrâneo
2017; Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp); Volume: 21; Issue: 61 Linguagem: Português
10.1590/1807-57622016.0625
ISSN1807-5762
Autores Tópico(s)Migration and Exile Studies
ResumoA gestão de imigrantes e refugiados tornou-se, nos últimos anos, um dos principais desafios sociais. Por meio da apresentação de recentes casos internacionais e da minha pesquisa no âmbito da saúde mental de imigrantes e refugiados em Portugal, irei não só reconsiderar as consequências trágicas do endurecimento das políticas migratórias e do fortalecimento da fronteira meridional da Europa, mas, também, criticar a patologização da experiência migratória no léxico do trauma e na sua midiatização. O objetivo final desta reflexão não será só a desnaturalização dos conceitos que medicalizam o sofrimento social, mas, também, a repolitização das suas vítimas, reconhecendo-as como sujeitos ativos, capazes de usar o léxico clínico de forma estratégica pela obtenção de direitos civis.
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