PORTUGAL E A GUERRA CIVIL DE ESPANHA (1936-1939): UMA INTRODUÇÃO
2015; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 21; Issue: 32 Linguagem: Português
10.5007/2175-7976.2014v21n32p204
ISSN2175-7976
Autores Tópico(s)History, Culture, and Society
Resumohttp://dx.doi.org/10.5007/2175-7976.2014v21n32p204A Guerra Civil de Espanha (1936-1939), identificada por César Oliveira, o mais reputado hispanista português, como "a última das guerras político-ideológico-religiosas da Europa"[i], teve profundas repercussões internacionais, de Lisboa a Moscovo e, se incluirmos a participação das Brigadas Internacionais, de Havana a Xangai.[ii] Uma opinião partilhada pelo ditador português António de Oliveira Salazar, que famosamente definiu o conflito como "uma guerra internacional num campo de batalha nacional".[iii]De facto, para Salazar, a Guerra de Espanha apresentou-se como uma oportunidade única para radicalizar o Estado Novo, nascido de uma ditadura militar cuja génese foi o golpe de estado de 28 de Maio de 1926. Concomitantemente, o segundo (e não menos importante) objetivo do regime era substituir a jovem democracia espanhola, implantada em 1931, por um governo ideologicamente compatível com o Estado Novo. A vitória da autodenominada fação Nacionalista (uma nomenclatura que pressupunha que a República Espanhola era antipatriota), caudilhada pelo General Francisco Franco Bahamonde, foi fator determinante para a consolidação das ditaduras salazarista e franquista, que viriam a sobreviver ao colapso do fascismo europeu no pós-Segunda Guerra Mundial e perdurar até 1974, em Portugal, e 1975, em Espanha
Referência(s)