Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O financiamento da cultura no Brasil no período 2003-15: um caminho para geração de renda monopolista

2017; FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS; Volume: 51; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/0034-7612162254

ISSN

1982-3134

Autores

Camila Furlan da Costa, Igor Baptista de Oliveira Medeiros, Guilherme Brandelli Bucco,

Tópico(s)

Business and Management Studies

Resumo

Resumo Este artigo analisa o financiamento público da cultura no Brasil, a partir de um estudo longitudinal quantitativo dos projetos aprovados pelo Ministério da Cultura entre 2003 e 2015, com base teórica na categoria de renda monopolista oriunda da economia política. Os resultados evidenciaram que, mesmo com a modificação na concepção de cultura no plano governamental, há concentração de incentivadores e de proponentes que utilizam a Lei de Incentivo à Cultura (LIC) para a obtenção de recursos no fomento a projetos. Concluímos que a política pública de financiamento da cultura continua transferindo para o mercado a decisão de quais projetos serão financiados. O mercado, por sua vez, tende à geração de renda monopolista, por meio do uso do recurso público para a promoção de projetos culturais que interessam à imagem organizacional sob o monopólio de poucas produtoras e fundações.

Referência(s)