
“Ocupa 1º de maio”: ciberdemocracia, cuidado de si e sociabilidade na escola
2017; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 19; Issue: 1 Linguagem: Português
10.20396/etd.v19i1.8647733
ISSN1676-2592
AutoresCléber Gibbon Ratto, Carla Lisbôa Grespan, Oriana Holsbach Hadler,
Tópico(s)Social and Political Issues
ResumoO presente artigo tem por objetivo analisar as ocupações das escolas estaduais pelos estudantes do Rio Grande do Sul que ocorreram nos meses de maio e junho de 2016. Tomamos como materialidade analítica a ocupação da Escola Estadual Normal 1º de Maio, localizada na zona norte de Porto Alegre, utilizando os conceitos “ciberdemocracia” de Pierre Lévy e “cuidado de si” de Michel Foucault e o pressuposto que estas mobilizações podem representar uma reativação do movimento estudantil e um novo uso do espaço público. As ocupações no Estado seguiram, em maior ou menor grau, as ocorridas em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, tanto nas reivindicações contra a privatização do ensino público, da limitação da prática docente ou/e na busca por melhorias de infraestrutura, quanto no formato de organização, um movimento autônomo, autogerido, onde os próprios estudantes realizam o trabalho necessário para o surgimento e consolidação da ocupação e na forma de mobilização através do uso de redes sociais virtuais. A mobilização através da ocupação potencializa o estar junto, visibilizando a necessidade da participação cotidiana para a construção da ação coletiva, através da reapropriação do espaço escolar, da horizontalidade nas interações, do protagonismo, das fruições culturais e do reconhecimento do outro.
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