Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E PAISAGENS NO ESTADO DE GOIÁS: MÉTODOS E CENÁRIOS NO CONTEXTO DA BACIA HIDROGRÁFICA

2011; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 62; Issue: 2 Linguagem: Português

10.14393/rbcv62n2-43673

ISSN

1808-0936

Autores

Maria Socorro Duarte da Silva Couto, Laerte Guimarães Ferreira, Bryon R. Hall, Geci José Pereira Da Silva, Fanuel Nogueira Garcia,

Tópico(s)

Conservation, Biodiversity, and Resource Management

Resumo

Neste artigo, apresentamos uma nova proposta de seleção de áreas prioritárias para conservação, a qual considera tanto a qualidade e viabilidade ecológica das áreas de vegetação remanescente do Cerrado goiano, a partir do uso de dados e critérios ambientais no âmbito da paisagem, quanto a praticidade e a legalidade do uso de bacias hidrográficas para gestão. Esta proposta, baseada em um modelo matemático não-linear, permite variar parâmetros de acordo com os interesses sócio-econômicos e ambientais, gerando distintas soluções e cenários. Entre estas soluções, destacamos, para o conjunto de 1511 bacias hidrográficas maiores que 9.500 ha consideradas neste estudo, uma solução ótima, a qual prioriza as áreas de vegetação remanescente com elevada porcentagem de ambientes ripários, valorizando a vizinhança e a conectividade entre elas. Em particular, esta solução coincide com a existência de grandes corredores naturais, tais como, na região nordeste, o corredor Paranã-Pirineus, e na região sudoeste, o corredor que contém o Parque Nacional das Emas e as nascentes do Rio Araguaia. Da mesma forma, esta solução também corrobora para a implantação de novos corredores, voltados, entre outros, à conexão da região noroeste com a região nordeste. A nossa expectativa é de que este modelo possa contribuir tanto para valorização das áreas de vegetação remanescente em propostas de conservação, quanto para otimizar a restauração de áreas degradadas, auxiliando, entre outros, no desenho de novos arranjos espaciais, ecologicamente mais sustentáveis, das áreas de pastagens e agricultura.

Referência(s)