Pior do que ser assassino...
2007; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 29; Issue: 29 Linguagem: Português
ISSN
2316-4018
AutoresEttore Finazzi‐Agrò, Roberto Vecchi,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoO artigo propoe uma reflexao combinada dos dois autores sobre um texto ja “classico” no tocante a escrita da violencia, a coletânea de contos Feliz ano novo, de Rubem Fonseca. Celebreinclusive por motivos extratextuais – foi censurada durante a ditadura –, a obra se aprofunda nos principais problemas de ordem representativa que surgem no ato de dar forma, de configurar algo que em si nao se deixa apreender como a violencia. O livro desenvolve, ao mesmo tempo, uma reflexao metanarrativa, focalizada particularmente no conto final, “Intestino grosso”, de relevante interesse exegetico. Mobilizando um arsenal comum de ferramentas criticas(privilegiando sobretudo a vertente biopolitica), ainda que trilhando cominhos autonomos de reflexao, a combinacao das duas leituras exibe a importância que a excecao – representada e praticada – ocupa na economia da obra. Alem disso, expande a analise na direcao da possibilidade de testemunhar o indizivel da violencia, assim como mostra o funcionamento do textocomo uma especie de diagrama da cena obscena da violencia. As conclusoes comuns apontam o horizonte de pesquisa que o ensaio prefigura, sempre rumo ao questionamento da escrita daviolencia.
Referência(s)