Artigo Revisado por pares

Tem morna, tem coladera: as raízes cabo-verdianas da música universal de Cesária Évora

2007; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 11; Issue: 20 Linguagem: Português

ISSN

2358-3428

Autores

George Lang,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

O sucesso comercial de Cesaria Evora rivaliza-se com o de qualquer outro interprete africano da musica universal e tomou-se sinonimo de Cabo Verde para seus inumeros fas initernacionais. Cantando principalmente no dialeto do norte ou barlavento crioulo de sua Mindelo nativa (quando nao utiliza o portugues ou o espanhol), Cesaria contempla toda a gama da cultura musical cabo-verdiana, incluindo a da ilha do sul ou de sotavento de Santiago. Seu trabalho desenvolve-se no contexto do contraste de longa data entre Mindelo, porto internacional de abastecimento e provi­soes relativamente cosmopolita durante o seculo XIX, e a ilha de Santia­go, onde se localiza a capital, Praia, culturalmente muito mais africana e menos desenvolvida economicamente. Este estudo principia com os ge­neros de musica e danca a que Cesaria se refere na estrofe bem conheci­da da cancao Petic pays: [...) Tem morna, tem coladera [...] Tem batuco, tem funanâ. Essa alusao as raizes da musica de Cabo Verde nao apenas desempenha um papel ideologico, colocando a cantora e sua musica no amplo contexto do nacionalismo cultural de Cabo Verde, como tambem nos permite vislumbrar algumas dimensoes da unidade cultural mais am­pla do mundo atlântico lusofono, assim como formas de emprestimo e troca praticadas no metagenero da musica universal.

Referência(s)