Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A DEFINIÇÃO DO ZERO EM FREGE: O COMPROMISSO DO PLATONISMO FREGEANO COM A “ETERNIDADE” DE BOLZANO

2011; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS; Volume: 33; Linguagem: Português

10.15210/dissertatio.v33i0.8727

ISSN

1983-8891

Autores

Walter Gomide,

Tópico(s)

Classical Philosophy and Thought

Resumo

Neste artigo, tento mostrar como o Platonismo de Frege relaciona-se muito intimamente com a noção de eternidade de Bolzano. Compreendida como o domínio total de variação do tempo, a eternidade de Bolzano nos oferece um interessante instrumento para estipular o que é eterno: um objeto é eterno se é imutável em relação ao fluxo do tempo. Desta forma, a definição do zero proposta por Frege faz uso tácito de tal noção, na medida em que o zero é definido como “o número que pertence a um conceito” cuja extensão é imutável em qualquer mundo possível (tais mundos sendo concebidos como instantes na ‘Eternidade’ de Bolzano). Por conta disto, podemos inferir que o platonismo, sob a ótica de Frege, pode assumir que os objetos abstratos não estão necessariamente fora do tempo e do espaço, mas são eternos, no sentido bolzaniano.

Referência(s)
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