Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estudo da contaminação por metais pesados em peixes e mexilhão da Baia de Guanabara - Rio de Janeiro

2007; Volume: 35; Issue: 1-2 Linguagem: Português

10.5914/tropocean.v35i1-2.5081

ISSN

1679-3013

Autores

Helena do Amaral Kehrig, Mônica F. Costa, Olaf Malm,

Tópico(s)

Water Quality and Pollution Assessment

Resumo

Foram determinados Hg, Zn, Cu, Fe, Cr, Ni, Cd, Pb nos tecidos moles do mexilhão (Perna perna) e tecido muscular dos peixes (Micropogonias furnieri e Mugil liza) da Baía da Guanabara. A baia é impactada por lançamento de esgotos sanitários, óleo e metais pesados. O peixe carnívoro, M. furnieri, apresentou a maior concentração média de Hg (0,2 ± 0,1 µg.g-1 p.u.), se comparada com a apresentada pelos demais organismos estudados. O molusco filtrador, P. perna, apresentou as maiores concentrações médias de metais essenciais: 1,4 ± 0,4 µg Cu.g-1 p.u., 28,0 ± 14,0 µg Zn.g-1 p.u., 31,6 ± 22,1 µg Fe.g-1 p.u. e não essenciais 1,8 ± 0,6 µg Ni.g-1 p.u. e 0,5 ± 0,1 µg Cr.g-1 p.u.. As três espécies estudadas apresentaram as concentrações médias de cádmio semelhantes, 0,07 ± 0,03 µg.g-1 p.u. O peixe iliófago, M. liza apresentou a menor concentração média de Pb (0,4 ± 0,2 µg.g-1 p.u.). As concentrações de metais nos mexilhões variaram em função do local de coleta e qualidade da água. Provavelmente, as baixas concentrações de metais estão relacionadas às condições eutróficas da baia, e elevada carga de material em suspensão e produtividade biológica. Assim, os metais tendem a complexar-se fortemente ou adsorver-se ao material particulado, diminuindo o tempo de residência na coluna d’água e a disponibilidade biológica. Palavras chaves: Baía de Guanabara, metais pesados, mexilhão, peixes, hábito alimentar.

Referência(s)
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