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Entre o espaço abstrato e o espaço diferencial: ocupações urbanas em Belo Horizonte

2017; Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ANPUR); Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português

10.22296/2317-1529.2017v19n2p251

2317-1529

Camila Diniz Bastos, Felipe Nunes Coelho Magalhães, Guilherme Marinho de Miranda, Harley Silva, João Bosco Moura Tonucci Filho, Mariana de Moura Mendes, Rita Velloso,

Urban and sociocultural dynamics

O artigo aborda as ocupações urbanas em Belo Horizonte a partir das formulações de Henri Lefebvre sobre a produção do espaço e a vida cotidiana. Ao refletirmos sobre as experiências das ocupações, buscamos enfatizar suas dimensões relacionais e processuais, atentando-nos à sua materialidade e ao seu cotidiano vivido. Para entender em que medida as ocupações podem engendrar diferenciações espaciais, circunscrevemos seu percurso histórico em Belo Horizonte segundo suas dinâmicas e tensões, atentos às especificidades da produção do espaço nas mesmas. Discutimos também as contradições entre o privado e o comum quanto à propriedade da terra, ressaltando os modos pelos quais o espaço abstrato se reafirma nas ocupações. Procuramos ressaltar as ocupações como tensionadas entre o espaço abstrato e o diferencial, como uma prática espacial intermediária entre a dominação e a apropriação: espaço político contraditório, que atualiza o debate sobre a produção do espaço urbano no Brasil contemporâneo.