
Habitat fragmentation effects on fine-scale movements and space use of an opossum in the Atlantic Forest
2017; Oxford University Press; Volume: 98; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1093/jmammal/gyx043
ISSN1545-1542
AutoresAna Cláudia Delciellos, Suzy Emidio Ribeiro, Marcus Vinícius Vieira,
Tópico(s)Primate Behavior and Ecology
ResumoHow species respond to changes caused by habitat loss and fragmentation depends on the habits and habitat selection of individuals, but most studies focus on community- or population-level consequences. One reason could be the difficulty in determining what individuals of a species perceive as habitat. Herein, we determine how habitat fragmentation changes fine-scale habitat use of the marsupial Philander frenatus. We compared daily home range (DHR), path tortuosity (D), and aboveground use of the forest (AG) between 2 fragments and a continuous area of Atlantic Forest in Brazil. Adult opossums were tracked with a spool-and-line device, allowing a detailed mapping of the animals’ paths. In fragments, individuals covered a smaller area in 1 night of activity with a less tortuous path but used the vertical strata of the forest more often. DHR was larger in the dry season, when resources are less abundant, and for larger individuals, as expected. Despite being able to move between fragments, most parts of individual paths in fragments were concentrated in the edge, which also acted as a physical limit to the daily activities of opossums. The ability of P. frenatus to persist in fragmented landscapes is evident but depends on the ability to move between fragments, frequent use of the edge, and use of the forest upper strata. Future studies could evaluate if other species of marsupials and small mammals may persist in fragmented landscapes through similar mechanisms. A forma como os organismos respondem às alterações causadas pela perda e fragmentação de habitat depende dos seus hábitos e seleção de hábitat. No entanto, a maioria dos estudos foca nas consequências desses processos no nível de comunidades ou populações, e uma das razões para este fato pode ser a dificuldade em determinar o que é percebido como hábitat por indivíduos de uma espécie. Comparações de padrões de movimentos detalhados entre hábitats fragmentados e contínuos poderia fornecer a resposta, permitindo determinar a disponibilidade de hábitat para a espécie em questão. Neste trabalho determinamos como a fragmentação de habitat altera o padrão de movimentos e uso do hábitat de indivíduos do marsupial Philander frenatus. Comparamos a área de uso diário (DHR), tortuosidade do caminho (D) e porcentagem do caminho percorrido acima do solo (AG) entre dois fragmentos e uma área contínua de Mata Atlântica no Brasil. Espécimes adultos foram liberados com carretel-de-rastreamento, que permite o mapeamento detalhado do caminho do animal. Nos fragmentos, os indivíduos utilizaram uma menor área em uma noite de atividade, com caminhos menos tortuosos e com uso mais frequente do estrato vertical da mata. Conforme esperado, DHR foi maior na estação seca, época de menor disponibilidade de recursos, e para indivíduos de maior massa corporal. Apesar de P. frenatus ser capaz de realizar movimentos entre fragmentos, a maior parte destes ficou concentrada na borda, que age como um limite físico às suas atividades diárias. A habilidade de P. frenatus persistir em paisagens fragmentadas é evidente, mas depende da habilidade de realizar movimento entre fragmentos, uso frequente da borda e dos estratos da floresta. Estudos futuros devem avaliar se outras espécies de pequenos persistem em paisagens fragmentadas usando mecanismos semelhantes.
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