Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A ecocrítica queer de Elizabeth Bishop no "Bras/zil"

2012; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; Volume: 17; Issue: 33 Linguagem: Português

10.22409/gragoata.v17i33.33020

ISSN

2358-4114

Autores

Eliana de Souza Ávila,

Tópico(s)

Brazilian cultural history and politics

Resumo

Demonstra-se que, ao lado das reservas explícitas de Elizabeth Bishop contra a lógica essencialista de gênero, ela elaborou uma poética anti-essencialista de gênero para engajar a vulnerabilidade de seu posicionamento enquanto poeta do cânone anglo­-americano que inevitavelmente, porque histori­camente, representou a voz e o olhar fabricadores do sujeito soberano sobre o Brasil. Propõe-se uma leitura ecocrítica do conflito entre a recusa de uma identidade de gênero para a voz lírica, no poema “Brazil, January 1, 1502”, e a atribuição de uma identidade geopolítica engendrada para o outro. O objetivo do artigo é duplo: considerar o que acon­tece quando se desestabiliza o discurso normativo de gêneros geopolíticos; e, finalmente, contribuir para o debate, proposto por Silviano Santiago, sobre o valor ético dos textos que representam o olhar de Bishop sobre o Brasil.

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