
As artes adivinhatórias e a psiquiatria do futuro
2017; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; Volume: 29; Issue: 1 Linguagem: Português
10.22409/1984-0292/v29i1/1552
ISSN1984-0292
AutoresR. P. HENRIQUES, A. F. S. LEITE,
Tópico(s)Psychoanalysis and Psychopathology Research
ResumoNotas preliminares sobre os presságios, prenúncios e prediçõesO futuro sempre foi alvo de visionariedade e curiosidade dos povos, e não é de agora que os sujeitos tentam prevê-lo.Se atualmente se sói conceber os sonhos pela psicanálise, via circuitos psíquicos -seja como formação do inconsciente substitutiva à realização de um desejo recalcado (FREUD, 1900(FREUD, /2013)), seja como satisfação pulsional vinculada ao automatismo de repetição, para além do princípio do prazer (FREUD, 1920(FREUD, /2006) -ou, ainda, se sói concebê-los pelas neurociências, via circuitos cerebrais -como uma reação fisiológica típica do sono REM mediada pela diminuição da atividade aminérgica com persistência da atividade colinérgica, originando na região da ponte cerebral ondas elétricas que se propagam pelo corpo geniculado lateral do tálamo e ativam o córtex visual, produzindo assim, com base nos traços da memória visual armazenados, as imagens do sonho (HOBSON; MCCARLEY, 1977); outrora, os sonhos já foram predominantemente concebidos como crônicas de um futuro antecipado.Nesse sentido, é bem conhecida a narrativa bíblica acerca do faraó José que, no antigo Egito, salvou os egípcios de sete anos de fome e penúria, por intermédio da arte adivinhatória aplicada a seus próprios sonhos
Referência(s)