A LIBERDADE RESTRITA DO AEDO HOMÉRICO
2005; Volume: 6; Issue: 11 Linguagem: Português
ISSN
1981-4755
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoO presente artigo tem como objetivo discutir a posicao do aedo profissional nos poemas homericos, em especial, na Odisseia, da qual serao examinados os percursos de Femio e do aedo de Micenas. Nosso interesse principal sera verificar de que forma o trabalho do aedo encontra-se condicionado por duas variaveis principais: a tradicao, que, na sua acepcao sacra, denomina-se Musa, e o poder politico, qual seja, aquele dos reis e nobres aos quais os aedos se subordinam. Defenderemos a tese de que, por menor que seja, ha um espaco de liberdade do qual o aedo pode lancar mao, seja em relacao a tradicao, ja que diferentes ocasioes de performance e, consequentemente, de publico, influenciam razoavelmente no modo como ele conta determinada historia tradicional, seja em relacao as estruturas de poder, quando, porem, a independencia do aedo pode se manifestar justamente na recusa de mudar seu canto.
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