Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Concílio de Aquileia de 381: propagação da fé nicena e da unidade imperial pela pena de Ambrósio, bispo de Milão

2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 18; Issue: 34 Linguagem: Português

10.1590/2237-101x0183406

ISSN

2237-101X

Autores

Janira Feliciano Pohlmann,

Tópico(s)

Theology and Canon Law Studies

Resumo

RESUMO Neste artigo, detemos nossas análises nos argumentos elaborados por Ambrósio, bispo de Milão, para fortalecer a fé nicena imperial imediatamente após o Concílio de Aquileia, do ano de 381. Sugerimos que tais argumentos também sustentavam a unidade em torno da figura imperial. Para responder aos nossos questionamentos, examinamos três cartas redigidas por Ambrósio: Epistolae extra collectionem 4 (10), 5 (11) e 6 (12). Observamos que, embora todas essas cartas tenham sido encaminhadas aos três imperadores romanos - Graciano, Valentiniano II e Teodósio - o bispo dirigia-se especialmente a Graciano. Afinal, este era o imperador a quem o milanês se vinculava diretamente. Ambrósio almejava, nos territórios romano-ocidentais, uma sociedade cristã-nicena conduzida especialmente por Graciano, augusto que tinha sua sede em Milão. Uma proximidade que alimentou uma interessante aliança entre o poder temporal, encarnado em Graciano, e o poder espiritual administrado por Ambrósio.

Referência(s)