
Cinema ativista de Jorge Bodanzky – o imaginário profundo de Terceiro Milênio
2010; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 19 Linguagem: Português
10.11606/issn.2596-2477.i19p138-156
ISSN2596-2477
AutoresMauro Luciano Souza de Araújo,
Tópico(s)History of Education Research in Brazil
ResumoDurante a década de 1970, algumas expressões do cinema independente tomaram feições radicais. Um desses casos foi o modelo de produção e criação fílmica de Jorge Bodanzky e a produção de Wolf Gauer, que, aliando-se a codireções e agenciando pequenas equipes, deu como resultado alguns dos mais incisivos filmes da época. Bodanzky trabalhou com Hermano Penna, Orlando Senna, Helena Salém, Antunes Filho, José Agrippino e alguns outros nomes, produzindo filmes que, na seara militante do cinema de gênero político, difundiam temas ainda difíceis em debate na cena brasileira. O exemplo de Terceiro Milênio, feito na Amazônia, demonstra a facilidade de captação em filmagem rápida e improvisada, que adapta a realidade gravada a uma ficcionalização própria da percepção narrativa, alongando o personagem a esferas imaginárias ainda não domesticáveis pelo cinema da época, e muito pouco compreendidas ainda no universo contemporâneo.
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