Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Análise dos fatores de risco relacionados às amputações maiores e menores de membros inferiores em hospital terciário

2017; Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); Volume: 16; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/1677-5449.008916

ISSN

1677-7301

Autores

Seleno Glauber de Jesus-Silva, João Pedro de Oliveira, Matheus Henrique Colepicolo Brianezi, Melissa Andreia de Moraes Silva, Arturo Eduardo Krupa, Rodolfo Souza Cardoso,

Tópico(s)

Prosthetics and Rehabilitation Robotics

Resumo

Resumo Contexto As amputações dos membros inferiores, sejam definidas como maiores ou menores, são um grave problema de saúde, com altos índices de morbimortalidade e de relevante impacto social. Diferentes características clínicas dos pacientes parecem estar relacionadas aos diferentes tipos de amputação realizados. Objetivos Analisar os fatores de risco presentes em pacientes submetidos a amputações de membros inferiores em hospital terciário. Métodos Estudo retrospectivo, transversal, envolvendo 109 pacientes submetidos a amputação de membro inferior em um período de 31 meses, através da análise de gênero e idade, 15 dados clínicos e cinco parâmetros laboratoriais presentes no momento da admissão. Os dados foram submetidos a estatística descritiva e comparativa através do teste t de Student não pareado (para variáveis numéricas), e dos testes de Mann-Whitney e exato de Fisher (para variáveis categóricas). Resultados Das 109 amputações realizadas, 59 foram maiores e 50 menores. A maioria dos pacientes era do gênero masculino (65%), e a média de idade foi de 65 anos (mín. 39, máx. 93). Dentre os fatores de risco observados, idade avançada, acidente vascular encefálico, isquemia, sepse e níveis baixos de hemoglobina e hematócrito estavam estatisticamente mais relacionados às amputações maiores (p < 0,05). Diabetes melito, neuropatia e pulsos distais palpáveis foram fatores mais associados às amputações menores. Conclusões Os níveis das amputações de membros inferiores estão relacionados a diferentes fatores de risco. Os quadros isquêmicos mais graves e de maior morbidade estiveram associados a amputações maiores, enquanto a neuropatia e perfusão preservada, mais relacionados às amputações menores.

Referência(s)