
Função de produção de saúde para idosos: o caso europeu
2017; Volume: 9; Issue: 1 Linguagem: Português
10.21115/jbes.v9.n1.p62-72
ISSN2359-1641
AutoresMarcia Regina Godoy, Cristiane Silva,
Tópico(s)Health, Nursing, Elderly Care
ResumoObjetivo: Estimar uma função de produção de saúde para indivíduos idosos acima de 50 anos, residentes em 14 países europeus. Métodos: Utilizando a base de dados Survey of Health, Ageing, and Retirement in Europe (SHARE) (2012), por meio de estimações de modelos Probit, buscou-se entender a relação entre as variáveis analisadas no estudo com o estado de saúde da população idosa e suas implicações para a formulação de políticas públicas. Resultados: Constatou-se que o fato de ser estrangeiro, o número de doenças crônicas, ser fumante, o número de consultas médicas realizadas nos últimos 12 meses e problemas associados ao alcoolismo estão negativamente relacionados à boa saúde. Em contrapartida, encontrou-se que o logaritmo natural da renda, a prática de atividade física, os anos de estudo, o consumo de frutas, o fato de realizar as três refeições diárias e a participação em atividades sociais aumentam a probabilidade de boa saúde. Observou-se ainda que o estado civil, no caso o fato de ser casado, não é estatisticamente significativo no modelo aplicado, assim como a idade e o sexo (ser do sexo feminino ou masculino) não exercem influência sobre a probabilidade de boa saúde. Conclusão: Os indicadores que se mostraram mais robustos para explicação da produção de saúde dos idosos foram prática de atividade física, participação em atividades sociais e os problemas com álcool. No que diz respeito à escolaridade, há clara evidência da melhora no estado de saúde quando o nível de escolaridade é mais elevado, o que também influencia a renda e muitas vezes a decisão de investir em saúde.
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