Crime de Realengo: o sutiã lilás na tromba do elefante verde e amarelo

2011; Volume: 5; Issue: 10 Linguagem: Português

ISSN

2674-8231

Autores

María Cristina Schefer, Amanda Motta Castro, Blasius Silvano Debald,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Este artigo, escrito a seis maos plugadas a rede, examina, do ponto de vista dos estudos culturais: linguagem e genero, o assassinato de 12 adolescentes brasileiros. Esse crime ocorreu numa unica acao, dentro de uma escola, na periferia do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, praticado por um ex-aluno, evento que inaugurou a presenca do Brasil no cenario global das brutalidades gigantescas, aquelas fadadas a nao-conclusao. Isso, dado as inumeras variaveis que atravessam as tentativas de se desenhar um “elefante”, sem nunca ter visto ou sequer tateado o animal. O recorte aqui demarcado e o problema da imprecisao serao delineados na ciencia tecnica da dificuldade de se enxergar para alem do aparente, bem como na verificacao dos perigos inerentes a banalizacao de um crime mediante a disputa pela informacao entre a midia e os orgaos investigativos oficiais. Quando, ambos, passam a supor ou nomear fatos (terrorismo, esquizofrenismo) e “coisas” (criancas-terroristas), no calor da emocao, sem distanciamento e rigor, ignoram, respectivamente, outras possibilidades (crime de genero-exclusao) (jovens-mulheres) e legitimam aquilo que o senso comum e o Ibope alimentam. Recorre-se, como tentativa de dirigir um olhar ampliado, principalmente, a arte cinematografica e as lentes de aumento de Gus Van Sant4 (2003), em seu documentario critico sobre o “similar caso” de Columbine (EUA).

Referência(s)