
Custos de falência no Brasil comparativamente aos estudos norte-americanos
2017; Fundação Getúlio Vargas, Escola de Direito; Volume: 13; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/2317-6172201702
ISSN2317-6172
AutoresFernanda Karoliny Nascimento Jupetipe, Eliseu Martins, Poueri do Carmo Mário, Luiz Nelson Guedes de Carvalho,
Tópico(s)Legal principles and applications
ResumoResumo A pesquisa objetivou identificar, mensurar e classificar os custos em processos conduzidos sob a legislação falimentar brasileira a fim de compará-los aos custos encontrados em estudos norte-americanos semelhantes. Por meio de pesquisa ao longo de 2013, consultou-se diversos processos nas comarcas de São Paulo-SP, Belo Horizonte-MG e Contagem-MG para coleta de dados, seguindo-se de análises de acordo com a literatura consultada. Identificou-se que (em média): os custos diretos pagos foram de 35% do ativo final da falida; os ativos das falidas perderam 47% do valor; a taxa de recuperação total dos credores foi de 12%; e os processos duraram nove anos. Quanto aos processos de recuperação, os custos diretos foram de 26% do ativo inicial da recuperanda, a taxa de recuperação dos credores foi de 25% e a duração de processos foi de quatro anos (valores médios). Considerando os resultados encontrados, tem-se que os processos da amostra tiveram uma duração maior, pagaram menos valores aos credores na recuperação judicial e a taxa de ressarcimento da falência foi um pouco superior às das pesquisas norte-americanas.
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