
Cinema e ciência, natureza e cultura
2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 14; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5007/1807-1384.2017v14n2p19
ISSN1807-1384
Autores Tópico(s)Science and Education Research
Resumohttp://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2017v14n2p19Diante de questões contemporâneas que colocam em xeque as fronteiras entre natureza e cultura, homem e máquina, sociedade e ambiente, o cinema é tomado aqui como fio condutor de uma reflexão sobre a ciência moderna a partir de textos de Bergson, Deleuze e outros autores. Operando a passagem da ciência à arte e da arte à ciência, o cinema é aqui assumido como objeto técnico e o objeto técnico como instrumento de ampliação da percepção. A lei da atração gravitacional de Newton, reconhecida como o coroamento da ciência moderna, é tratada no texto em suas implicações físicas e metafísicas a partir de escritos de Betty Dobbs e do próprio Newton para realçar a artificialidade das referidas fronteiras. Através das lentes do cinema, especialmente dos filmes 2001 Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick e Out of the present, de Andrei Ujica, o artigo procura demonstrar a potência do cinema para a percepção de que dimensões da ciência que vão além de suas alianças com o Estado e com o mercado são relevantes para os desafios que despontam no horizonte do século XXI.
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