
Herdeiros de Hegel? Historiografia, Filosofia Política Moderna e Antipapas Medievais (1040-1140)
2013; Volume: 4; Issue: 7 Linguagem: Português
10.28998/rchvl4n07.2013.0015
ISSN2177-9961
Autores Tópico(s)Catholicism and Religious Studies
ResumoA palavra antipapa é recorrentemente encontrada no vocabulário dos estudiosos da Idade Média. Antigo e familiar, este termo, todavia, esconde uma atitude intelectual repleta de implicações para o conhecimento do passado. Impregnado de julgamentos, ele nos induz a qualificar, de modo imediato e frequentemente acrítico, o significado histórico de sujeitos, conflitos de poder e relações sociais decisivas para a constituição política da Sé Romana e da Cristandade, sobretudo da assim chamada “Reforma Gregoriana”. Trata-se de uma terminologia difundida, empregada de maneira corrente para enquadrar historicamente a política papal medieval. Entretanto, os estudiosos raramente o interrogam a respeito das implicações intelectuais que carrega para dentro da operação historiográfica. Este artigo consiste num breve exercício de problematização desta questão.
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