A DESPENSA VIVA: um banco de germoplasma nos roçados da floresta.

2011; Volume: 4; Issue: 2 Linguagem: Português

10.48075/geoq.v4i2.4820

ISSN

2178-0234

Autores

Mauricio Torres,

Tópico(s)

Amazonian Archaeology and Ethnohistory

Resumo

Os povos da floresta sao detentores de bancos geneticos e promotores de novas variedades de agricultivares. O modo de vida de um “campesinato florestal” explica uma agricultura que encampa uma pluralidade de cultivares – algo irracional sob a logica do agronegocio, calcada na uniformidade e unifocada na produtividade. A dilapidacao dessa agrobiodiversidade e pro-porcional a integracao da Amazonia e dos saberes tradicionais a economia capitalista, onde se incrementam formas de apropriacao privada da floresta e do etnoconhecimento. Nesse contex-to, a biotecnologia adiciona sofisticada modalidade de predacao ao submeter a biodiversidade a condicao de mercadoria. Tira-se a semente do dominio das populacoes tradicionais e a sub-juga ao controle de grandes corporacoes. O que e um processo ecologico de reproducao trans-forma-se em um processo tecnologico de producao.

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