
Corpos dissidentes: gênero e feminilidades no levantamento de peso
2017; Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte; Volume: 39; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1016/j.rbce.2017.02.011
ISSN2179-3255
AutoresJoão Paulo Fernandes Soares, Ludmila Mourão, Igor Chagas Monteiro,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste artigo busca compreender as experiências de gênero e a construção de feminilidades de mulheres atletas do levantamento de peso. O campo empírico foi feito com uma equipe dessa modalidade. Foram observadas as sessões de treinamento e feitas entrevistas individuais com oito atletas, cujas narrativas expõem a visão dicotômica de gênero presente nesse espaço. Seus corpos trazem marcas da experiência esportiva, refletidas no volume muscular e na força diferenciada. Tais transformações tornam seus corpos dissidentes e abjetos e suas sexualidades são colocadas em suspeição. À medida que tencionam e subvertem as expectativas de uma feminilidade normalizada, essas mulheres nos convidam a refletir sobre as construções de feminilidades plurais no esporte. This article aims to understand the gender experiences and the construction of femininities in women weightlifters. The empirical field was conducted with a team of this modality. The observation of training sessions and individual interviews conducted with eight athletes revealed a dichotomous gender view in their discourse. Their bodies bring the sports practice brands, which reflect on muscle volume and strength. Such transformations make their bodies dissident and abject, and their sexuality distrust. As far as they subvert the expectations of a standardized femininity, these women invite us to reflect on the construction of plural femininities in sports. Con este artículo se trata de entender las experiencias de género y la construcción de la feminidad de levantadoras de pesos. El campo empírico se llevó a cabo con un equipo de esta modalidad. Se observaron las sesiones de entrenamiento y se realizaron entrevistas individuales a ocho atletas. Las atletas exponen la dicotomía de género presente en este espacio. Sus cuerpos muestran la marca de la práctica deportiva, que se refleja en el tamaño del músculo y la fuerza diferenciada. Estos cambios hacen sus cuerpos disidentes y abyectos, y se recela de su sexualidad. En la medida que sabotean las expectativas de una feminidad estandarizada, estas mujeres nos invitan a reflexionar sobre la construcción de la feminidad plural en el deporte.
Referência(s)