Artigo Acesso aberto

História e crítica da História econômica quantitativa

1977; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 55; Issue: 110 Linguagem: Português

10.11606/issn.2316-9141.rh.1977.76264

ISSN

2316-9141

Autores

José Jobson Andrade Arruda,

Tópico(s)

Economic Theory and Policy

Resumo

(primeiro parágrafo do texto)O progresso da mentalidade quantitativa, do sentido da precisão, está intimamente relacionado ao processo de desenvolvimento do sistema capitalista. O sistema feudal prescindia desta qualidade, tendo-se em vista o caráter auto-suficiente da sua economia. Com o renascimento comercial e urbano na Europa Ocidental, por volta do século XII, ocorrem as primeiras manifestações do espírito quantitativo, exteriorizadas na criação de escolas para mercadores, com a finalidade de instruí-los para a vida comercial. Quanto mais complexa se torna a vida mercantil, mais indispensável se torna o domínio das técnicas mercantis. A cultura e a mentalidade se laicizam. O movimento universitário é a expressão candente da nova forma de vida que emerge da transformação do sistema feudal e do desenvolvimento do sistema capitalista. Esta nova mentalidade poderia ser surpreendida em vários níveis: compras e vendas de mercadorias, o empréstimo a juros, a técnica do câmbio, as letras de feira e de câmbio, a escamoteação da usura pelo Trinus Contractus, e, principalmente, a contabilidade na sua forma mais acabada e desenvolvida das partidas dobradas.

Referência(s)