QUEM A HOMOFOBIA MATA
2015; Volume: 1; Issue: 16 Linguagem: Português
ISSN
1982-1662
AutoresRayane Dayse da Silva Oliveira, Kênia Almeida Nunes,
Tópico(s)Gender, Sexuality, and Education
ResumoO presente trabalho, ao tratar das estatisticas dos crimes de homofobia, tem a proposta de problematizar a grande diferenca entre o numero de homicidios de gays e lesbicas no Brasil, sendo o primeiro exacerbadamente maior que o segundo. Para tal proposito, o trabalho se divide em dois principais movimentos, no primeiro, e exposta uma breve consideracao acerca da construcao dos generos, papeis sociais com base no sexo e sua hierarquizacao valorativa, por conseguinte mostra-se como e produzida a heterossexualidade enquanto unica forma legitima de expressao da identidade sexual e do genero; o segundo movimento consiste na parte mais densa e central do trabalho, e nela que sao propostas as hipoteses relativas a compreensao das estatisticas dos homicidios por homofobia no Brasil, a partir dos dados levantados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), essas estatisticas sao pensadas como consequencias do arranjo hierarquico da construcao binaria dos generos e das sexualidades, que fixam e naturalizam representacoes, e engendram tres principais questoes que, sao postas no trabalho como hipoteses, com vistas a compreensao dos dados relativos aos assassinatos de homossexuais no Brasil, sendo estas: a supervalorizacao e expectativa sobre o masculino, que implica em aversao, rejeicao e secundarizacao do feminino, alem do binarismo valorativo dos generos, que, gera e naturaliza a ideia de sexualidade dissidente como a fuga do genero “natural”; a permissividade social de demonstracao de afeto entre mulheres e a negacao dessa expressividade aos homens; e ainda o modo como homens e mulheres (hetero ou homossexuais) fazem uso do espaco publico, devido a construcao dos generos e papeis sociais.
Referência(s)